segunda-feira, 20 de março de 2017

QUANTO PIOR, PIOR

Fui a uma loja de um amigo, para um bate papo costumeiro e sempre cobrado por ele, quando percebi o seu descontentamento com a situação do comércio de roupas que ele pratica. Me disse que há muito tempo não vê uma “paradeira” como agora ocorre e que até se lembra do Sarney que deixou a nossa economia um verdadeiro inferno. Foi ele quem disse.
Segundo o desenrolar da conversa, até as fábricas de roupas estão pressionando os comerciantes com alegações do tipo: “sempre fomos parceiros e agora você não tem comprado mais”, como se houvesse um apelo por mais vendas que não são correspondidas pelo mercado.
Eu penso no que escrevi antes do “impeachment” quando afirmava que tirar um presidente e colocar outro, não resolve a questão econômica, porque economia é ciência e não é ciência como a política que trata de ideias vagas por ser ciência social, mas de ciência exata cuja base, é a matemática pura e simples adequada aos fundamentos econômicos. Economia tem tamanho, tem limites e tem a lógica que o mercado estabelece. Ninguém melhor o desempenho da economia por decreto, porque uma pessoa não vai comprar mais sal porque o preço tenha baixado ou consumir mais sorvete no inverno do que no verão porque as empresas fazem propaganda. Economia é ciência com equações matemáticas que estabelecem as regras de mercado e quem seguir à risca vai se dar bem.
O país pode aumentar o seu desempenho industrial e comercial se o mercado consumidor crescer, ou se o poder de compra dos consumidores aumentar, mas não porque mudaram o presidente da república da forma violenta com que se fez no Brasil, que praticou um processo de substituição que abalou a credibilidade na estabilidade do país como nação confiável. A nossa nota de crédito que estava horrível, está pior porque combatemos a febre sem eliminarmos a infecção, e agora sem um governo legitimado pelo voto popular, com aprovação de menos de 10% do povo, mostramo-nos vulneráveis aos olhos de quaisquer investidores que pensam duas vezes antes de acreditar em um país que se fez mais fraco.
A burguesia capitalista dizia que o governo estava indo em direção ao socialismo e isso não interessava ao grande capital. Por isso aproveitou um momento de enfraquecimento da imagem do governo para detoná-lo numa sanha sem precedentes. Diziam e ainda dizem que estamos diante da maior crise econômica da história, porque certamente não querem lembrar da história recente deste pais, quando a inflação era de 1.780% (mil setecentos e oitenta por cento) no ano de 1998, e dizem que em 2016 na tal maior crise econômica a inflação chegou perto de 10% (dez por cento).  Disseram cobras e lagartos, trocaram o poder político de forma brutal e agora a situação está pior do que estava quando a Dilma saiu e está piorando ainda mais, e eles querem atribuir a culpa ao governo que saiu.
A corrupção “flexou” no peito o principal articulador da troca de governo, o Cunha, que está preso por mal comportamento político.
Não é à toa que o Lula se não for contido pela mesma força bruta do capitalismo selvagem, se não derrubarem mais um avião, desta vez com o Lula dentro, o Brasil vai acabar de novo optando pelo socialismo moreno que o Brizola sonhava, e muitos outros defenderam.

As políticas socialistas do tipo que se desenhava no Brasil são bem menos perversas do que essa que se vê com desejos de reformas que só prejudicam os pobres e lhes retiram conquistas. 

Um comentário:

Anônimo disse...

Sério? As políticas socialista levaram o Brasil para o abismo. Sua amostragem de um amigo vendedor não vale de nada. Cada um tem sua opinião. A minha é que o Brasil está muito melhor, mas a qualquer momento pode afundar de novo.