sábado, 5 de novembro de 2016

A TÍTULO DE INFORMAÇÃO

Hoje faz dezenove dias da minha operação do coração, e a recuperação vai bem obrigado.
As pessoas gostariam de saber como se sente alguém que ingressa numa dessas situações extremamente delicadas.
A realidade é que todo mundo tem algum medo de algumas situações e a intensidade desse medo varia de pessoa para pessoa, sendo que algumas quase morrem de medo e outras nem tanto. Comigo foi interessante porque eu não sentia qualquer sintoma, mas estava com quatro veias entupidas no coração. Quando me deram a notícia de que a solução era abrir o peito e arrumar tudo, eu tremi, mas depois de alguns minutos eu estava raciocinando equilibradamente  e perguntei a uma simpática chefe de enfermagem, qual era o grau de risco do procedimento, e ela, com ares de sinceridade, disse: "O senhor não infartou, o que é altamente positivo porque toda a musculatura do seu coração estará preservada. Quando há infarto alguma parte do coração que tenha sido atingida fica sem possibilidade de voltar a pulsar, o que não é o seu caso. Além disso (disse ela) eu trabalho aqui há mais de cinco anos e sei que a equipe  de cirurgia cardíaca não perde paciente algum há mais de um ano e meio. O senhor pode ficar tranquilo que o seu risco é próximo de zero".
Ouvi, e em seguida decidi que iria enfrentar a cirurgia sem medo. O médico me havia dito que se eu permanecesse internado no hospital desde então, o convênio liberaria mais rapidamente a autorização do procedimento. Assim que decidi, o cirurgião me deu a mão e falou que a minha decisão foi sábia porque o risco de infarto era iminente.
Eu fiquei feliz pelo que ouvia e via, mas apreensivo por se tratar de cirurgia altamente invasiva, que leva em torno de si um certo desconforto no período de recuperação. Eu estava mais feliz por ter descoberto em tempo, do que apreensivo.
Descobri e comprovei uma virtude que eu achava que tinha. Eu me achava uma pessoa corajosa e naquela situação delicada, percebi que eu era mais corajoso do que eu mesmo imaginava e fiquei feliz por isso também. Estava instaurado um pacto entre eu a ciência médica para me livrar do perigo de uma morte inesperada.
Depois de tudo realizado, e eu já em convalescença, recebi a noticia de que alguns amigos fizeram uma corrente de orações a meu favor, o que agradeci, embora tenha dificuldades com esse assunto relacionado à fé. Um deles me pediu que depois de tudo eu participasse de uma corrente de oração para agradecer a Deus por eu ter sobrevivido. Outro momento delicado, depois daquele em que eu pude aferir o meu grau de coragem, agora aparecia a oportunidade de eu aferir o grau de profundidade da minha falta de fé. Nessas situações extremas todo mundo fraqueja e pede ajuda a um Deus que talvez nunca tenha cultuado. Eu recebi aquela cobrança e imediatamente lembrei do meu pacto com os médicos e o hospital, em que confiei cegamente e senti que seria injusto creditar o sucesso dos médicos à oração. Seria justo retirar da ciência os louros do sucesso?
João Lúcio Teixeira


Um comentário:

Unknown disse...

Caro Sr. João Lucio...

Leio seu blog e as vezes teço algum comentário contrário a suas posições esquerdistas kkkk mas não é disso que vamos falar hoje rs..

Fico feliz em saber que o sr. esta bem e que esta se recuperando virtuosamente , Graças a Deus...

Peço que não publique meu comentário pois é somente par você ok ?

Sou formando em Ciência da Computação e tenho um Q.I. Relativamente maior do que a maioria, e acredite fui ATEU e MUITO.

Acontece que depois de passar por momentos como esse que você passou questionamos totalmente nossa existência, nossa relevância no mundo e na vida das pessoas ao nosso redor, e por maior que seja nossa capacidade intelectual sabemos que existem coisas que estão muito além da nossa limitada capacidade.

Se amamos tanto a ciência, sabemos que tudo é composto de energia, e se o cérebro produz pensamentos esses pensamentos tem energia pois tudo é energia , independente de acreditar ou não em Deus, estas pessoas que estavam em oração enquanto você era operado concentravam em você pensamentos positivos, energias boas e desejavam seu bem, portanto independente de acreditar em Deus ou não , agradeça-os pois eles lhe enviavam coisas boas.

Acredite , somos seres finitos e nossa capacidade de entender as coisas fora do tempo é limitada....

1 Coríntios 13


1 Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o sino que tine.

2 E ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse amor, nada seria.

3 E ainda que distribuísse toda a minha fortuna para sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, e não tivesse amor, nada disso me aproveitaria.

4 O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece.

5 Não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal;

6 Não folga com a injustiça, mas folga com a verdade;

7 Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.

8 O amor nunca falha; mas havendo profecias, serão aniquiladas; havendo línguas, cessarão; havendo ciência, desaparecerá;

9 Porque, em parte, conhecemos, e em parte profetizamos;

10 Mas, quando vier o que é perfeito, então o que o é em parte será aniquilado.

11 Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino, discorria como menino, mas, logo que cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino.

12 Porque agora vemos por espelho em enigma, mas então veremos face a face; agora conheço em parte, mas então conhecerei como também sou conhecido.

13 Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três, mas o maior destes é o amor.

FELICIDADE , PAZ , AMOR E SAÚDE MUITA SAÚDE É O QUE LHE DESEJO ...
O QUE É ACREDITAR EM DEUS SENÃO ACREDITAR NO AMOR ?

FIQUE EM PAZ