domingo, 22 de maio de 2016

A DEMOCRACIA BRASILEIRA QUER FICAR ADULTA

Governar uma nação, seja de um país, um estado ou uma cidade, não é tarefa para ser resolvida por mágicos e nem por amadores. O discurso dos que combatiam o governo Dilma, era o da redução da quantidade de ministérios, já que, segundo a maioria dos defensores do impeachment, trinta e nove ministérios era numero excessivo e a redução, segundo eles, era necessária.
O Temer, assim que assumiu tratou de cumprir a promessa feita aos seus “protetores” políticos, dos partidos de oposição ao governo do PT, e reduziu a quantidade de ministérios de forma drástica fazendo crer que haveria uma grande economia no orçamento do planalto em decorrência dessa medida. Não esperava ter dor de cabeça porque a medida era apregoada com alarde durante o “fora Dilma”, e deveria ser aceita com facilidade pela população que, diziam eles, estar enfastiada de tantos gastos ditos   desnecessários.
Extinguiu o ministério da cultura que foi transformado em secretaria sem status de ministério, e o povo reagiu, principalmente a comunidade dos artistas que vem nos últimos anos sendo agraciada com verbas para produção cultural, especialmente o cinema nacional e outros setores ligados à produção cultural e artística, sob os auspícios da lei Rouanet. Houve uma grita geral pela reativação do ministério com artistas na rua, artistas se manifestando diante da plateia, em quase todos os espetáculos, o que gerou um grande desconforto ao palácio do planalto. O resultado foi a reativação do ministério da cultura numa ação rápida do governo, para evitar mais desgastes, a mostrar que as ações de governo não são assim tão simples, e podem causar reações de difícil previsão.
Temer vem perdendo pontos importantes neste início de governo, e o acúmulo de desgastes pode inviabilizar a sua permanência no cargo. Assim foi com a ideia de criar mais impostos, declarada na mídia pelo ministro da fazenda e depois desmentida, com ideia de interferir na escolha do procurador geral da republica dita pelo seu ministro da justiça e depois desmentida, com a ideia de mexer na idade mínima para aposentadoria, e outros pontos que desagradam a grandes grupos e instituições.
Hoje, domingo dia 22 de maio o presidente em exercício teve que antecipar a sua volta de São Paulo para Brasília porque por que um movimento popular instalou-se perto de sua residência na capital paulista. São populares que dizem que querem a saída de Temer do poder. Uma parte do movimento é pelo retorno da Dilma ao cargo de presidente, e outra parte do movimento é pela saída de Temer e não quer a volta de Dilma. São setores predominantes da sociedade que desejam novas eleições diante de tantas desilusões causadas pelos seguidos escândalos publicados na imprensa dando conta de uma corrupção generalizada no Brasil. A situação que vem sendo de conhecimento público através da imprensa gerou uma insatisfação geral no povo que passou a achar melhor que se fizesse uma nova eleição e de preferência eleição geral para todos os cargos eletivos no Brasil. Este sentimento pode inviabilizar o governo Temer e se aumentar o número e a frequência dessas manifestações sociais, a saída não será outra se não elegermos novos governantes para o Brasil, a começar pelas prefeituras e pelas câmaras de vereadores, assembleias legislativas estaduais, câmara federal e senado.
Parece que nossa democracia resolveu ficar adulta.

Nenhum comentário: