terça-feira, 26 de abril de 2016

GOVERNO DO RIO EM APUROS COM A JUSTIÇA

A grande mídia vem publicando nos últimos dias o problema financeiro do estado do Rio de Janeiro que não está pagando os vencimentos dos aposentados e pensionistas do estado. A justiça carioca vinha sendo provocada para intervir já que o direito ao salário é protegido em todas as situações e tem prioridade absoluta na escala de pagamentos de qualquer empregador, seja do setor público ou privado. As verbas dessa espécie são consideradas verbas alimentares e devem ser pagas religiosamente no dia do seu vencimento. Aposentados do Rio estão sem receber e a justiça resolveu agir. Hoje foi determinado pela justiça o bloqueio de 630 milhões de reais das contas do governo do estado, tendo ficado fora do bloqueio as verbas de educação, saúde e segurança pública.
O bloqueio destina-se ao pagamento imediato das aposentadorias e pensões dos servidores inativos, mas o estado pretende recorrer da decisão.
O que deixa implicado o analista mais atento é o fato de a lei de responsabilidade fiscal estabelecer que os estados não podem gastar além do limite de 60% da sua arrecadação líquida, em folha de pagamento de servidores, excluídos os inativos por interpretação suplementar. O dinheiro para esse fim não pode ser usado para outras atividades.
Se a constituição e a lei garantem que as verbas alimentares não podem sofrer atraso, e se no orçamento essas verbas estão previstas e, portanto independem de quaisquer providências especiais, elas nunca poderiam sofrer atrasos em seu cumprimento.
O fato é que o Rio de Janeiro deve estar ressentindo a falta de repasses do governo federal, o que vem dificultando a abundância de sempre, e por conta da copa do mundo, um grande vexame brasileiro, e das olimpíadas previstas para este ano, as despesas devem estar além da capacidade de realização do estado e assim, as pensões e aposentadorias acabaram sendo atingidas pela irresponsabilidade fiscal do governo carioca.

O bloqueio judicial pode levar o estado a ter que deixar de pagar obras e outros investimentos e assim colocar em risco a qualidade do ambiente em que se realizarão as olimpíadas. O vexame na realização deste evento poderá ocorrer porque o Brasil não pode e nem tem condições de bancar os excessos comuns a esses eventos regados a vaidades e luxos.

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