quarta-feira, 26 de agosto de 2015

CORRUPÇÃO PODE COMPLICAR A VIDA DOS POLÍTICOS INCAUTOS

Os políticos brasileiros ainda não perceberam os riscos de se administrar a coisa pública, depois que a constituição de 1988 chegou de fato ao cotidiano dos cidadãos. A constituição impõe regras rígidas para os que cuidam do dinheiro público que arrecadado em forma de impostos, taxas, contribuições ou doações, compõe o orçamento que deverá servir para a construção do bem estar de todos os contribuintes. O trato desse recurso sempre foi do jeito que o gestor quisesse sem grandes cuidados ou critérios, mesmo sabendo-se que as contas públicas são monitoradas pelos tribunais de contas. O que tem mudado não é exatamente a forma de se prestarem essas contas, mas as formas de verificação de sua veracidade, e os tribunais estão a cada dia mais criteriosos na avaliação dos atos de gerenciamento. As contratações de terceiros para prestarem serviços públicos, e as compras sem licitação ou com licitação irregular, são o grande vilão dos últimos tempos e mostram inúmeras irregularidades que uma vez detectadas viram sérios problemas para os gestores menos atentos. Uma vez que o tribunal de contas localiza alguma irregularidade, ele envia cópia do relatório ao ministério público e outra às câmaras municipais para as providências de praxe. No caso das câmaras, elas têm que submeter o relatório à votação do plenário que decidirá se rejeitam ou aprovam as contas do prefeito, e caso os vereadores rejeitem essas contas o prefeito estará inelegível por cinco anos segundo a lei de ficha limpa. No caso do ministério público, o promotor deve ingressar com ação civil pública na justiça e os juízes julgarão pela aprovação ou não das contas, com base no conteúdo do relatório e, se a justiça resolve jugar pela rejeição das contas o prefeito e os demais responsáveis pelos erros serão condenados a devolver os valores dos prejuízos causados ao erário, à perda do cargo público, inclusive o servidor que tenha participação dos erros, e ainda estarão inelegíveis por oitos anos. As leis que aumentaram os riscos dos políticos, são quase todas da década de 90, como a lei das licitações, do ministério público, da improbidade administrativa, do meio ambiente e outras que elevam o risco de quem governa de maneira temerária. Só na região do Litoral Norte e Vale do Paraíba, a maioria dos ex-prefeitos e presidentes de câmaras municipais estão inelegíveis por não terem adotado os cuidados necessários na gestão da coisa pública.
Os escândalos da operação “lava jato” mostram que quanto mais se mexe, mais sujeiras aparecem e quase todos os partidos e políticos, estão com seus rabos de palha expostos.
Por isso quem for eleito prefeito no ano que vem vai ter que saber que o seu patrimônio particular responde pelos prejuízos que porventura causarem aos cofres do povo.
Se eu for eleito lá em Sucupira, onde eu tenho o meu domicílio eleitoral, não vou nomear parentes de políticos, nem cabos eleitorais para os cargos do meu governo, e vou compor o meu estafe com pessoas competentes e comprometidas com a seriedade no trato do dinheiro do povo da minha terra. Sucupira vai mostrar ao mundo que é possível ser honesto no poder.

Essa frase seria dita pelo grande líder popular Odorico Paraguaçu.

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