A grande mídia mundial está
repercutindo hoje o ato da presidente Dilma Roussef que está insatisfeita com o
governo da Indonésia que há cerca de um mês executou a sentença de condenação à
morte de um brasileiro que ingressou no país com cocaína. Lá, a lei prevê pena
de morte por fuzilamento de pessoas que traficam drogas, e o brasileiro sabia
disso, mas resolveu correr o risco. A presidente Dilma pediu clemência ao
governo da Indonésia para que impedisse a execução da pena de morte. Não foi
atendida e ficou muito brava. Agora, há outro brasileiro no corredor da morte
que deverá ser executado nas próximas semanas pelo mesmo motivo. Levou droga
daqui para a Indonésia, certamente imaginando que tudo poderia acabar em pizza
como acontece por aqui. Foi detectada possível doença do tipo esquizofrenia no
atual brasileiro que aguarda a morte por fuzilamento, e a família do réu pediu
que ele fosse internado em hospital e não executado. O governo Indonésio está
mantendo-se irredutível e diz que lá só não são executados as mulheres grávidas
e os menores de idade. Os demais vão para o muro de fuzilamento sem pena nem
dó.
Hoje seria o dia em que o Brasil
iria deferir o credenciamento do embaixador da Indonésia no Brasil, mas a
presidente Dilma avisou que não receberia os representantes daquela nação e nem
concederia o credenciamento diplomático. Este fato é uma espécie de rompimento
nas relações diplomáticas entre os dois países, e perfaz ato de extrema
seriedade que pode gerar precedentes que possam abalar a convivência entre
nações.
Analisando o fato, vê-se que a
presidente pode estar utilizando-se do caso para ofuscar os escândalos
Petrobrás, e nessa hora qualquer motivo serve de escudo.
Se alguém de outro país vier aqui
e praticar algum crime que o Brasil condene a longo período de prisão, e o
presidente do outro país pedir ao presidente do Brasil para não aplicar a pena
da lei, seria uma espécie de revogação da lei porque outros presos irão querer
tratamento idêntico e ninguém mais será preso.
Se lá a pena é a de morte para
traficante de droga é, de certo modo, um absurdo pretender que o cidadão
brasileiro seja tratado diferente dos demais que praticarem o mesmo crime.
Afinal o brasileiro sabia que o risco era morrer fuzilado e resolveu correr o
risco conscientemente, até porque tinha 43 anos à época. É a maldita mania de
achar que não vai dar em nada.
A crise diplomática por conta de
execuções de sentenças da justiça da Indonésia é uma atitude que não deveria
ocorrer porque o presidente de lá está apenas cumprindo o que decidiu a
justiça. Essa história de piedade contra quem faz tanto mal à sociedade é coisa
de sentimentalistas latinos que acham que o coração ou a emoção são mais
importantes do que a realidade. Será que já não é hora do Brasil pensar em
discutir pena de morte para traficantes ao invés de querer revogar as leis de
países que levam a sério essas práticas?
O povo brasileiro nem ligou pra
essa execução e a maioria em pesquisas de opinião pública divulgadas na
imprensa, até achou que o Brasil deveria fazer o mesmo com os seus criminosos.
No Brasil cerca de metade ou mais da criminalidade urbana decorre do tráfico e
uso de droga e nós estamos enxugando gelo contratando clinicas de recuperação,
enquanto que a bandidagem vicia muito mais do que nós conseguimos recuperar. A
bandidagem se organiza muito mais do que as polícias e está controlando até os
presídios e influindo na justiça. Será que a Indonésia está errada? É um caso a
se pensar?
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